martes, 29 de junio de 2010

As brincadeiras deles.

Às vezes me sucede...
Uma mão misteriosa touca as molas e eles saltam pelos ares...
Eles, os sentimentos, liberam-se e eu caminho pelas ruas sem corpo... caminho... pelas ruas...
Eles convertem-se em minha guia, expandem-se, amontoam-se, queimam-me, aporreiam-se, aporreiam-me...
Novas formas surgem... as mesmas profundidades...
Os vejo se abraçar... entre eles...com os outros...com os diferentes, com os excluídos...
Posso amassar a ternura, sovar a alegria, olhar o infinito... tremer como uma folha no vento, sem abandono com liberdade...
Quando eles, fadigados de brincar, deixam meu corpo voltar à forma, sento a chuva cair mansinha... só o recordo dos trovões... não como temporais violentos não, senão como a vida mesma...
HM
29/06/2010

sábado, 26 de junio de 2010

Idas y vueltas, viviendo la vida

Lo conocía del barrio, a veces nos saludábamos.
Al cumplir doce años y comenzar la escuela secundaria lo vi con mas asiduidad, hasta que la frecuencia se hizo diaria en esos viajes mañaneros que nos llevaban hacia nuestras escuelas. Detecté que para poder recibir su sonrisa, debía estar en la parada del colectivo a las siete en punto. Ahí estaba, con mi delantal tableado y tiritando…
Al comenzar segundo año, conversábamos en los viajes. Le comenté de mis dificultades en francés y las posibilidades de un examen en diciembre. Te preparo, me dijo. Estaba cursando el quinto nivel en La Alianza Francesa…
Comencé a frecuentar su casa, mi materia lo exigía y la aprobé sin esfuerzos. El año siguiente fue algo negativo. Cuando lo veía, transportaba pesados libros de anatomía, de fisiología… y yo con mi delantal tableado estudiaba la anatomía de “dos Santos Lara”.
Poco conversábamos, demasiado poco…
Al terminar el secundario me inscribí en la Universidad Nacional de La Plata, me esperaban otros amigos, pero su sonrisa me perseguíría…
No pasó mucho tiempo cuando llamó a mi casa, había rendido la última materia y harían una fiesta, quiero que vengas, sos mi invitada.
Estuvimos toda la noche de la mano, cuando la tranquilidad lo dispuso, escuchamos un concierto para violonchelo de Vivaldi. Me acompañó a mi casa y con nuestro único beso sellamos el próximo encuentro. Apenas solucione los problemas para la residencia vengo, me dijo.
Cuando volvió trajo unos discos con conciertos de Vivaldi...
Yo estaba discutiendo en mi casa sobre el “Mayo Francés”, los pensamientos de Sartre y “Los condenados de la Tierra” con quien sería el compañero de toda mi vida, la persona que sabría de mis idas y vueltas en el pasado y en el presente...
Vivaldi fue siempre mi músico preferido. Si alguna vez la vida me cruzara con el dueño de “Gloria en Re mayor” o el “Concierto para mandolina” sé que, después de escuchar los conciertos, podríamos decirnos chau y volver a vernos dentro de veinte años…
HM

jueves, 24 de junio de 2010

Joseph Arthur de Gobineau (1816-1882)

Na leitura do livro “O Xangô de Baker Street” encontrei alguns conceitos de um senhor Gobinau. Fiquei espantada achando que era uma personagem da fição. Pesquisei sobre a personagem e meu espanto foi maior ao descobrir, com nome, que pessoas assim existiram. Fiz cópia e colei, compartilho meu pasmo com os visitantes do blog.
No contexto do livro talvez não seja como na realidade esta personagem...

Joseph Arthur de Gobineau (1816-1882) foi um diplomata, escritor e filósofo francês. Uno de los mais importante teóricos do racismo no século XIX.
Nasceu de uma família comum, com poucas posses. Mais tarde, criaria para si uma falsa genealogia que o colocaria como membro de uma família aristocrática, passando a se fazer conhecer pelo título nobiliárquico adotado de "Conde de Gobineau".
Tinha pretensões artísticas, tendo tentado ser escultor e romancista. Mas se celebrizou como ensaísta ao escrever seu Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas (1855), seu livro mais célebre, um dos primeiros trabalhos sobre eugenia e racismo publicados no século XIX..
Segundo ele, a mistura de raças, miscigenação, era inevitável e levaria a raça humana a graus sempre maiores de degenerescência física e intelectual. É-lhe atribuída a frase:
"Não creio que viemos dos macacos mas creio que vamos nessa direção."
Sua segunda missão diplomática foi no Brasil, onde chegou em 1869, enviado por Napoleão III. Nunca escondeu sua animosidade para com o país, que deixou um ano depois. Travou amizade com o imperador Pedro II que, mesmo sem compartilhar muitas de suas idéias, manteve uma amizade epistolar durante muitos anos, mesmo depois de sua partida do Brasil.
Não conseguiu ver com bons olhos nenhum aspecto da sociedade brasileira, a não ser seus encontros com D. Pedro II. Para ele o Brasil não tinha futuro, país marcado pela presença de raças que julgava inferiores. A mistura racial daria origem a mestiços e pardos degenerados e estéreis. Esta característica já teria selado a sorte do país: a degeneração levaria ao desaparecimento da população. (Brasiliana, abaixo citada, página 74). A única saída para os brasileiros, seria o incentivo à imigração de "raças" européias, consideradas superiores.
Idéia sustentada na Argentina, por alguns personagens da história com outros grupos étnicos.
Ele que tinha criado para sim mesmo uma falsa geanologia, teorizava sobre raças "inferiores"....
Hilda Mendoza
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arthur_de_Gobineau

viernes, 18 de junio de 2010

18-06-2010 Morreu o escritor José Saramago. Meu sentimento em seu poema.

Poema à boca fechada
Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.

Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.

Não direi:
Que nem sequer o esforço de dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.

Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.

Só direi,
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.

(em OS POEMAS POSSÍVEIS, Editorial CAMINHO, Lisboa, 1981. 3ª edição)

José Saramago (1922 - 2010) foi um escritor, roteirista, jornalista, dramaturgo e poeta português galardoado com o Nobel da Literatura em 1998. Também ganhou o Prémio Camões, o mais importante prêmio literário da língua Portuguesa.
Nasceu em uma aldeia no ano 1922. Seus pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não perfizera três anos de idade. Toda a sua vida tem decorrido na capital, embora até ao princípio da idade madura tivessem sido numerosas e às vezes prolongadas as suas estadas na aldeia natal.
No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras profissões, a saber: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor, tradutor, jornalista. Publicou o seu primeiro livro em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na Revista "Seara Nova".
Em 1972 e 1973 fez parte da redação do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi diretor-adjunto do "Diário de Notícias". Desde 1976 vive exclusivamente do seu trabalho literário.
Saramago é conhecido por utilizar frases e períodos compridos, usando a pontuação de uma maneira não convencional. Os diálogos das personagens são inseridos nos próprios parágrafos que os antecedem, de forma que não existem travessões nos seus livros: este tipo de marcação das falas propicia uma forte sensação de fluxo de consciência, ao ponto do leitor chegar a confundir-se se um certo diálogo foi real ou apenas um pensamento. Muitas das suas frases ocupam mais de uma página, usando vírgulas onde a maioria dos escritores usaria pontos finais. Da mesma forma, muitos dos seus parágrafos ocupariam capítulos inteiros de outros autores. Apesar disso o seu estilo não torna a leitura mais difícil, os seus leitores habituam-se facilmente ao seu ritmo próprio.
Entre os livros de maior destaque estão o Memorial do Convento e o Evangelho Segundo Jesus Cristo.
Hilda
Textos: tirados de Internet

domingo, 13 de junio de 2010

O Xangô de Baker Street. O Imperador e sua mulher.

"Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro" D.Pedro I

Dom Pedro II do Brasil Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 1825 — Paris, 5 de dezembro de 1891), chamado O Magnânimo, foi o segundo e último Imperador do Brasil de fato. D. Pedro II foi o sétimo filho de Dom Pedro I e da arquiduquesa Dona Leopoldina de Áustria. Sucedeu ao seu pai, que abdicara em seu favor para retomar a coroa de Portugal, à qual renunciara em nome da filha mais velha. Pelo lado paterno, era sobrinho de Miguel I de Portugal, enquanto, pelo lado materno, sobrinho de Napoleão Bonaparte e primo dos imperadores Napoleão II da França, Francisco José I da Áustria e Maximiliano I do México. Sendo o irmão mais novo de D. Maria da Glória, também fora tio de D. Pedro V e D. Luís I, reis de Portugal.
Pedro II governou de 1840, quando foi antecipada sua maioridade, até 1889 ano em que foi deposto com a proclamação da república brasileira. Além dos registros históricos e jornalísticos da época, Pedro II deixou à posteridade 5.500 páginas de seu diário registradas a lápis em 43 cadernos, além de correspondências, que nos possibilitam conhecer um pouco mais do seu perfil e pensamento.
Ele é, ainda hoje, um dos políticos mais admirados do cenário nacional, e é lembrado pela defesa à integridade da nação, ao incentivo à educação e cultura, pela defesa à abolição da escravidão e pela diplomacia e relações com personalidades internacionais, sendo considerado um príncipe filósofo por Lamartine, um neto de Marco Aurélio por Victor Hugo e um homem de ciência por Louis Pasteur. Durante toda a sua administração como imperador, o Brasil viveu um período de estabilidade e desenvolvimento econômico e grande valorização da cultura, além de utilizar o patriotismo como força de defesa à integridade nacional. Apesar de, muitas vezes, demonstrar certo desgosto pelas intensas atividades políticas, o último imperador do Brasil construiu em torno de si uma aura de simpatia e confiança entre os brasileiros.


Dona Teresa Cristina de Bourbon -Duas Sicílias (Nápoles, 1822-Porto 1889), foi uma princesa do reino das Duas Sicílias, esposa do imperador Dom Pedro II. Foi a mãe das princesas Isabel e Leopoldina. Como princesa real, teve uma educação esmerada: belas artes, música, canto, bordado, francês e religião. Possuía natureza sensível, inteligência apurada e inclinada naturalmente ao culto da arte. Estudiosa da cultura clássica, interessou-se especialmente pela arqueologia e as descobertas que estavam sendo realizadas, na sua época. A jovem princesa financiou e conduziu as escavações em Veio, um sítio Etrusco, 15 km ao norte de Roma. Esta é a razão pela qual, anos mais tarde, já casada com D. Pedro II, Dona Teresa Cristina ser conhecida como "a imperatriz arqueóloga".
Não sabemos a razão do fato de Teresa Cristina ser levemente claudicante (manca). Pode ser que a causa tenha sido uma queda no sítio arqueológico, ou um problema congênito pré-existente. O certo é que, devido a sua deficiência, ela ocupava a maior parte do tempo com seus estudos, a literatura e as artes, ao contrário de outras princesas, que apreciavam os bailes e as danças. Em 1842, assim que D. Pedro II atingiu 18 anos, Pedro de Araújo Lima, enviou à Europa a um alto funcionário da corte, que foi o encarregado de tratar do casamento de Dom Pedro II.
Várias tentativas foram realizadas em busca de uma esposa, mas não havia muitas princesas a quem fosse permitido morar no Brasil. Além do mais, para os padrões da época, o imperador era considerado "pobre", não podendo almejar casamento com uma princesa de primeira linhagem.
Após uma grande procura e negociações diplomáticas, no dia 20 de maio de 1842 foi assinado o contrato de casamento entre a Princesa Teresa Cristina Maria e D. Pedro II. A celebração do matrimônio deu-se por procuração, em 1843. Chegou ao Brasil no dia 3 de setembro de 1843, às a bordo da fragata Constituição, acompanhada pelo irmão.
Ela tinha minguados atributos físicos: era baixa, manca e feia. D. Teresa era dotada de raro senso de cordialidade. Discreta, caridosa e inteligente, conquistou a estima do marido graças ao interesse comum em assuntos culturais. Na frota que a trouxe ao Brasil fez embarcar artistas, músicos, professores, botânicos e outros estudiosos. Aos poucos, enriqueceria a vida cultural e científica brasileira, mandando vir de sua terra as primeiras preciosidades artísticas, foi boa cantora e boa musicista, alegrava o palácio com saraus constantes. A imperatriz possuía dotes artísticos que nem todos conheciam e hoje são pouco comentados.
Pedro II foi um marido cordial, embora tenha sido infiel em várias ocasiões, especialmente por conta de seu longo romance com Luísa Margarida de Portugal e Barros.
O Casal imperial e as filhas.
A imperatriz cuidava ela mesma de parte dos jardins, especialmente as roseiras e, algumas vezes, cozinhava. Em 1864 um evento demonstra a relativa "liberalidade" do casal. O imperador havia tratado, através de seus ministros, o casamento da princesa Isabel, herdeira do trono, com um duque, ao mesmo tempo, o primo deste, foi prometido à princesa Leopoldina. Quando da chegada dos dois jovens, as princesas perceberam que deveria ocorrer uma troca, pois cada uma delas havia se encantado pelo pretendente da outra, e imediatamente solicitaram aos pais que a troca fosse realizada. Tanto D.Pedro quanto D. Teresa Cristina, favoráveis a que os casamentos fossem motivados não apenas pelas questões dinásticas, mas também pelos afetos - até porque, no seu próprio caso, havia ocorrido um choque inicial - consentiram imediatamente.
Hilda
Textos tirado de internet

O Xangô de Baker Street. Os convidados. Sarah Bernhardt e Sherlock Holmes

Personagem real da ficção...
Sarah Bernhardt (Paris, 22 de outubro de 1844 — Paris, 26 de março de 1923) foi uma atriz e cortesã francesa, já chamada por alguns durante "a mais famosa atriz da história do mundo". Bernhardt fez sua reputação nos palcos da Europa na década de 1870, e logo passou a ser exigida pelos principais palcos do continente e dos Estados Unidos. Conquistou uma fama de atriz dramática, em papéis sérios, ganhando o epíteto de "A Divina Sarah".
Seu papel mais marcante foi o da peça A Dama das Camélias de Alexandre Dumas. Visitou o Brasil quatro vezes, as duas primeiras ainda durante o reinado de D. Pedro II. Na última visita, durante uma encenação, sofreu um acidente que lhe gerou sérios problemas em sua perna e que culminou, anos depois, em sua morte.
Sarah Bernhardt foi representada em dois filmes brasileiros, O Xangô de Baker Street e Amélia.

Sherlock Holmes é um personagem de ficção da literatura britânica criado pelo médico e escritor britânico Sir Arthur Conan Doyle. Holmes é um investigador do final do século XIX e início do século XX editado e publicado originalmente pela revista Beeton's Christmas Annual, em Novembro de 1887. Sherlock Holmes ficou famoso por utilizar, na resolução dos seus mistérios, o método científico e lógica dedutiva.
O Dr. Watson, foi seu assistente.

viernes, 11 de junio de 2010

O Xangô de Baker Street. Os boêmios do “Bar do Necrotério”.

Personagens reais da ficção...
Olavo Bilac (Rio de Janeiro RJ, 1865-1918) começou os cursos de Medicina, no Rio, e Direito, em São Paulo, mas não chegou a concluir nenhuma das faculdades. Em 1884 seu soneto Nero foi publicado na Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro. Em 1887 iniciou carreira de jornalista literário e, em 1888, teve publicado seu primeiro livro, Poesias. Nos anos seguintes, publicaria crônicas, conferências literárias, discursos, livros infantis e didáticos, entre outros. Republicano e nacionalista, escreveu a letra do Hino à Bandeira e fez oposição ao governo de Floriano Peixoto. Foi membro-fundador da Academia Brasileira de Letras, em 1896. Em 1907, foi o primeiro a ser eleito “príncipe dos poetas brasileiros”, pela revista Fon-Fon. De 1915 a 1917, fez campanha cívica nacional pelo serviço militar obrigatório e pela instrução primária. Parte das crônicas que escreveu em mais de 20 anos de jornalismo está reunida em livros, entre os quais Vossa Insolência (1996). Bilac, autor de alguns dos mais populares poemas brasileiros, é considerado o mais importante de nossos poetas parnasianos.

Guimarães Passos (Maceió 1867- Paris 1909) Compareceu às reuniões de instalação da Academia Brasileira de Letras. Fez seus estudos primários e os preparatórios em Alagoas. Aos 19 anos foi para o Rio de Janeiro, onde se juntou aos jovens boêmios da época. Era a idade de ouro da boemia dos cafés, e não poderia haver melhor ambiente para o espírito do poeta. Entrou para a redação dos jornais, fazendo parte do grupo de Paula Nery, Olavo Bilac, Coelho Neto, José do Patrocínio, Luís Murat e Artur Azevedo. Colaborou com a Gazeta da Tarde, a Gazeta de Notícias, A Semana. E nas suas colunas ia publicando crônicas e versos. Nos vários lugares em que trabalhou, escrevia também sob pseudônimos. Foi também arquivista da Secretaria da Mordomia da Casa Imperial. Com a proclamação da República, e extinta essa repartição, Guimarães Passos perdeu o lugar e passou a viver unicamente de seus trabalhos jornalísticos. Fez parte do governo em 1893 e lutou contra Floriano Peixoto. Vencida a revolta, conseguiu fugir. Exilou-se em Buenos Aires durante 18 meses. Lá colaborou nos jornais La Nación e La Prensa e fez conferências sobre temas literários relacionados ao Brasil. Em 1896, de volta do exílio, foi um dos primeiros poetas chamados para formar a Academia Brasileira de Letras. Poeta parnasiano, lírico e, às vezes, um pouco pessimista, foi também humorista na sua colaboração para O Filhote, reunida depois no livro Pimentões, que publicou de parceria com Olavo Bilac.

Coelho Neto (Caxias, 1864- Rio do Janeiro 1934) foi um escritor, político e professor. Nascido em épocas antes na vila de Caxias interior do Maranhão. Foram seus pais Antônio da Fonseca Coelho, português, e Ana Silvestre Coelho, de sangue índio. Fez os seus preparatórios no Externato do Colégio Pedro II no Rio de Janeiro. Em 1883 matriculou-se na Faculdade de Dereito de São Francisco, frequentava a Academia de São Paulo à época. Seu espírito irrequieto encontrou ali ótimo ambiente para destemidas expansões, e logo ele se viu envolvido num movimento dos estudantes contra um professor. Antevendo represálias, transferiu-se para a faculdade de Recife, onde completou o primeiro ano de Direito. Regressando a São Paulo, dedicou-se ardentemente à campanha abolicionista e republicana, atitude que rendeu-lhe novos atritos com o corpo docente da Faculdade do Largo de São Francisco. Em 1885 desistiu, por fim, de suas pretensões jurídicas, e transferiu-se para o Rio de Janeiro. Fez parte do grupo de boêmios Paula Nery, Olavo Bilac, Coelho Neto, José do Patrocínio, Luís Murat e Artur Azevedo. A história dessa geração apareceria depois em seus romances A Conquista e Fogo Fátuo, dedicado este ao amigo Francisco de Paula Ney, jornalista e brilhante orador conhecido por sua boemia e seu célebre anedotário. Tornou-se companheiro assíduo de José do Patrocínio, na campanha abolicionista. Ingressou no jornalismo, onde chegou a exercer o cargo de secretário. Desta época datam seus primeiros volumes publicados.

Chiquinha Gonzaga (Rio de Janeiro 1847- 1935) foi uma compositora, pianista e regente brasileira a primeira chorona, primeira pianista do choro, autora da primeira marcha carnavalesca (Ô Abre Alas, 1899) e também a primeira mulher a reger uma orquesta no Brasil. Filha de um general do exército brasileiro e da sua amante, uma mulata muito humilde, chamada Rosa Maria Neves de Lima. Por mais que fosse fruto de um caso extra-conjugal, o que provocou escândalo na família de seu pai, ele nunca deixou de tratá-la como filha e sempre lhe deu uma vida digna, com muito estudo, principalmente. Chiquinha vivia numa casa humilde só com sua mãe, seu pai ia vê-la de vez em quando. Foi educada numa família de pretensões aristocráticas. Ela conviveu bastante com a rígida família do seu pai. Fez seus estudos normais com o Cônego Trindade, um dos melhores professores da época, e musicais com o Maestro Lobo, um fenômeno da música. Desde cedo, frequentava rodas de lundu, umbigada e outras músicas populares típicas dos escravos, já que era bisneta de escravos, pois sua mãe era neta deles. Sua mãe a incentivava a conhecer a cultura do povo africano, que era seu povo materno. Aos 16 anos, por imposição da família do pai, casou-se com Jacinto Ribeiro do Amaral, oficial da marinha e logo engravidou. Não suportando a reclusão do navio onde o marido servia, e as ordens para que não se envolvesse com a música, ele era agressivo e proibia terminantemente essa atitude, dizia que mulheres de família tinham que ser donas de casa e não suportando tanta humilhação e descaso com seu sonho, Chiquinha separou-se, o que foi um escândalo na época. Após a separação, envolveu-se com João Batista de Carvalho, com quem teve duas filhas. Separa-se dele, o que provocou novo escândalo. Ela passa a viver como musicista independente, tocando piano em lojas de instrumentos musicais. Deu aulas de piano para sustentar os filhos sozinha, já que os pais dos seus filhos pouco ligavam. Lutando muito por criar três filhos sozinha e se dedicar a música, ela obteve grande sucesso, sua carreira aumentou e ela ficou famosa, tornando-se também compositora. Ao mesmo tempo, uniu-se a um grupo de músicos de choro. Aos 52 anos se apaixonou. Ele também se apaixonou perdidamente, João Batista de 16 anos, foi adotado como filho para viver esse grande amor. Ele concorda com isso e finge ser seu filho adotivo. Dois anos depois ao ser maior de idade casa-se com ele, com que viveu até sua morte.

José do Patrocínio (1853- Rio de Janeiro 1905) farmacêutico, jornalista, escritor, orador e ativista político. Mulato, constitui-se em uma das mais destacadas figuras do movimento abolicionista e republicano no Rio do Janeiro. Filho de João Carlos Monteiro, vigário da paróquia de Campos dos Goytacazes e orador sacro de reputação na Capela Imperial, com Justina do Espírito Santo, uma jovem escrava de quinze anos, cedida ao serviço do cônego. Embora sem reconhecer a paternidade, o religioso encaminhou o menino para a sua fazenda na Lagoa de Cima, onde José do Patrocínio passou a infância como liberto, porém convivendo com os escravos e com os rígidos castigos que lhes eram impostos. Aos catorze anos de idade, tendo completado a sua educação primária, pediu, e obteve ao pai, autorização para vir para o Rio de Janeiro. Encontrou trabalho, retomou, às próprias expensas, os estudos. Fundou a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão. Patrocínio não se limita a escrever, também prepara e auxilia a fuga de escravos e coordena campanhas de angariação de fundos para adquirir alforrias, com a promoção de espetáculo ao vivo, comícios em teatros, manifestações em praça pública etc. Em 1886 começou na política. Com a vitória na campanha abolicionista, as atenções da opinião pública se voltaram para a campanha republicana. Por ironia do destino, o "A Cidade do Rio" e a própria figura de Patrocínio passam a ser identificados pela opinião pública como defensores da monarquia em crise. Nesta fase, Patrocínio rotulado como um "isabelista", foi apontado como um dos mentores da chamada "Guarda Negra", um grupo de ex-escravos que agia com violência contra os comícios republicanos.
Após a proclamação da República entrou em conflito com o governo do Marechal Peixoto, pelo que foi detido e deportado. Retornou discretamente ao Rio de Janeiro, foi residir no subúrbio..Faleceu, aos cinqüenta e um anos de idade, aquele que é considerado por seus biógrafos o maior de todos os jornalistas da Abolição.
Angelo Agostini (Itália, 1843- Rio do Janeiro 1910) foi um desenhista Um dos primeiros cartunistas (desenho animado de tiras) brasileiros, foi o mais importante artista gráfico do Segundo reinado. Sua carreira teve início quando estouravam os primeiros combates da Guerra do Paraguai (1864) e prolongou-se por mais de quarenta anos. Em seus últimos trabalhos, testemunhou a queda do Império e a consolidação da República oligárquica. Viveu sua infância e adolescência em Paris, com dezesseis anos, foi para São Pablo com a sua mãe, a cantora lírica Raquel Agostini. Deu início à carreira de cartunista, quando fundou o Diabo Coxo, o primeiro jornal ilustrado publicado em São Paulo, e que contava com textos do poeta abolicionista Luís Gama. Este periódico, apesar de ter obtido repercussão, teve duração efêmera. O artista mudou-se para o Rio de Janeiro, onde prosseguiu desenvolvendo intensa atividade em favor da abolição da escravatura, pelo que realizava diversas representações satíricas de D. Pedro II. Aqui colaborou, tanto com desenhos quanto com textos, com publicações. Nesta última, publicou, a primeira história em quadrinhos brasileira e uma das mais antigas do mundo.

Aluísio Azevedo (São Luís MA 1857- Bs As 1913)
Como um jornalista, ia aos locais onde pretendia ambientar seus romances, conversava com as pessoas que inspirariam suas personagens, misturava-se a elas. Procurava assim reproduzir o mais fielmente possível a realidade que retratava. Além disso, desenhista habilidoso, às vezes, desenhava suas personagens em papel cartão, recortava-as e as colocava em ação, num teatro para si mesmo, de modo a visualizar as cenas que iria narrar. Foi um crítico impiedoso da sociedade brasileira e de suas instituições. Abandonou as tendências românticas em que se formara, para tornar-se o criador do naturalismo no Brasil, influenciado por Eça de Queirós e Émile Zola. Seus temas prediletos, focados na realidade cotidiana, foram o anticlericalismo, a luta contra o preconceito de cor, o adultério, os vícios e a vida do povo humilde.
Viajou para o Rio de Janeiro aos 17 anos a chamado do irmão, o teatrólogo Artur Azevedo. Começou a estudar na Academia Imperial de Belas-Artes e logo passou a colaborar, com caricaturas e poesias, em jornais e revistas. A partir da publicação de seu primeiro romance, Uma lágrima de mulher (1880), em estilo romântico e extremamente sentimental. Viveu durante 15 anos do que ganhava como escritor. Por isso, sua obra pode ser dividida em duas partes: a primeira, romântica, escrita para agradar o público e vender bem, de modo a garantir-lhe a sobrevivência. A segunda, naturalista, para expressar sua visão de mundo e as mazelas do Brasil. Foi esta que lhe deu destaque na história da literatura brasileira.
É o caso de O mulato, publicado em 1881, no auge da campanha abolicionista, que provocou um grande escândalo. O autor tentava analisar a posição do mestiço na sociedade maranhense de seu tempo e atacou o preconceito racial. Continuou colaborando em jornais e revistas, com caricaturas, contos, críticas e novelas. Ele próprio tentou lançar em São Luís um periódico anticlerical intitulado O Pensador, no mesmo ano de publicação de O mulato. A reação hostil da sociedade provinciana e do clero fez com que voltasse definitivamente para o Rio de Janeiro.
Ao ingressar por concurso na carreira diplomática, em 1895, encerrou a sua história literária.

Francisco de Paula Ney (Aracati,1858- Rio de Janeiro 1897) foi um poeta, jornalista que marcou o boêmio Rio de Janeiro da “Belle époque”.Era amigo dos intelectuais da época.






Hilda
Textos tirados de Internet

domingo, 6 de junio de 2010

7 de junio, Día del Periodista. Desde Mariano Moreno a José Luis Cabezas

Un legado siempre vigente

El 7 de junio fue el elegido en nuestro país para celebrar el "Día del periodista". En esa fecha de 1810 Mariano Moreno fundó La Gazeta de Buenos Ayres, semanario que constituyó una experiencia pionera en el periodismo de nuestra etapa independiente.
¿Qué significa celebrar el “Día Del Periodista” en el año del Bicentenario?
Vivimos otro tiempo, peleamos desde otro tiempo, discutimos desde otro tiempo. Este, Nuestro Tiempo es tiempo de:
* rescatar las grandes figuras del Periodismo Argentino que velaron por una prensa Independiente,
* Celebrar la Ley de Medios votada en el parlamento y
* pedir por su cumplimiento efectivo.

Periodistas Destacados:

Mariano Moreno (1777-1811) Abogado, revolucionario, intelectual. No sólo fue uno de los gestores de la Revolución de Mayo, sino también el fundador del primer diario patriota, donde todas las semanas publicaba largas y detalladas notas de gobierno.

Domingo F. Sarmiento (1811-1888) Si bien su rol de pensador es objeto de ciertas polémicas, su prolífica obra lo ubica entre los principales escritores locales. Presidente de La Nación, político, pedagogo, escritor, docente, periodista, estadista y militar argentino. En su etapa de juventud, fundó el diario opositor El Zonda y durante su exilió en Chile, en 1840, escribió en varios periódicos del país vecino.

Natalio Botana (1888-1941) Fundador del Diario Crítica (1913), a través del cual revolucionó el periodismo local. Fue innovador por dejar la solemnidad y elegir un lenguaje popular, mezclado con sensacionalismo. Contó entre sus colaboradores a nada menos que Jorge Luis Borges, Roberto Alrt y Enrique y Raúl González Tuñón. Por su Quinta de Don Torcuato pasaron personajes como Pablo Neruda, David Siqueiros y Ortega y Gasset.

Roberto Arlt (1900-1942) Su trabajo es inclasificable. Su escritura dura, violenta, puso en primer plano la vida marginal urbana. Sus Aguafuertes Porteñas en el Diario El Mundo, entre 1926 y 1933, son una joya no sólo del periodismo sino también de la literatura.

Raúl González Tuñón (1905-1974) Este escritor y poeta trabajó en el diario Crítica y en el diario "Clarín", donde escribió crítica de artes plásticas y crónicas de viajes. Perteneció al Grupo de Florida, fundador de la revista literaria Martín Fierro, donde escribieron Borges, Marechal y Güiraldes. Fue un punto de difusión de las nuevas corrientes del pensamiento de la época que llegó a los 20 mil ejemplares de tirada.


Rodolfo Walsh (1927-1977) Su libro “Operación masacre” (1957), basado en los sobrevivientes de los fusilamientos de peronistas por parte de militares, fue una pieza clave del nuevo periodismo y el género no ficción. Fundó la Agencia de Noticias Clandestina (ANCLA) durante la dictadura. En 1977 fue desaparecido por las fuerzas militares luego de denunciar las atrocidades que estaban cometiendo.





José Luis Cabezas (1961-1997) Asesinado el 25 de enero de 1997, es un ícono de la lucha por la libertad de expresión. Una fotografía que Cabezas tomó a un poderoso empresario, cuyo rostro hasta ese momento era desconocido públicamente, fue el comienzo de una terrible serie de hechos que desembocó en el asesinato del fotógrafo. Su caso se convirtió en un emblema contra los abusos de poder y la defensa de la libertad de prensa.

miércoles, 2 de junio de 2010

5 de junho: Dia do meio ambiente

Onde desejamos viver?
Esse dia é aproveitado em todo o mundo para chamar a atenção para os problemas e para a necessidade urgente de ações. Se fazem declarações e se comprometem a tomar conta da Terra, mais são só promessas.
A questão ambiental é um assunto que consegue igualar todas as pessoas nesse planeta. O que acontece de um lado afetará aos outros!
O meio ambiente e a ecologia passaram a ser uma preocupação em todo o mundo, já a meados do século XX um biólogo alemão, Ernst Haeckel (1834-1919), estudou a relação dos seres vivos com o meio ambiente, propus o nome Ecologia para esse ramo do estudo da biologia.
Podemos, cada um de nós, já fazer a nossa parte... Precisamos economizar os recursos naturais. O ozônio está destruído, os raios ultravioletas estão afetando o sistema imunológico do homem. Os propelentes de sprays, dos chips de computadores e, principalmente, em aparelhos domésticos, como geladeira e ar-condicionado estão envenenando o ar. Os inseticidas utilizados em plantações são muito mais nocivos do que dizem as publicidades.
Os donos dos laboratórios são os encarregados das investigações e da difusão das contaminações. Pode-se ter confiança neles? As políticas dos governos não têm em conta isso. O sim?
O buraco da camada de ozônio, no entanto, continua aumentando e só deve estar recuperada na metade do século XXI. Mas isto se forem respeitadas todas a metas do Protocolo de Montreal...
As florestas originais, somente cobrem uma parte da superfície do planeta. As matas simplesmente desaparecem, sendo a principal forma de desmatamento as queimadas de grandes áreas para o cultivo da agricultura e a prática da pecuária. A comercialização da madeira, a expansão dos centros urbanos, a construção de estradas e o extrativismo de interesse econômico são outros importantes motivos que levam à devastação. As florestas morrem permanentemente...
A emissão de resíduos sólidos, líquidos e gasosos em quantidade acima da capacidade humana de absorção é o que chamamos de poluição.
Poluição do ar, das águas, do solo, sonora, diversas designações para um único problema:
A interferência negativa do homem no equilíbrio ambiental... Acho que é um raciocínio coletivo. O planeta contaminado não tem vida para ninguém. O 5 de junho lembraremos,... mais a contaminação é de todos os dias. A nossa é pequena, a dos poderosos é maiúscula. A única maneira: O cumprimento dos pactos internacionais.
Hilda